quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Dinheiro nas Terras Goblinóides

     Nas Terras Goblinóides, as tribos ficam mais selvagens conforme alguém avança terra adentro. Algumas estão tão longe da influência civilizadora do Império do Norte, ou entrepostos comerciais no Rio de Fogo e nas costas do Oceano do Encontro, que desdenham de moedas de cobre, prata, ouro, alumínio e até gemas. Ainda assim, existem opções aceitas por todos para negociar com desconhecidos que talvez nem falem uma língua compreensível:



     Quantidades de bronze ou ferro fundido são usados por muitas tribos. Bolotas pequenas, pontas de lança sem fio e lingotes pesados são alguns dos formatos e tamanhos usados. São o mais próximo das moedas usadas por povos civilizados, mas o seu valor é como matéria-prima para armas, armaduras e ferramentas. Vários comerciantes grouros tem sucesso em negociar peles em troca do bronze e ferro produzidos em sua terra natal. Cambistas em Grória trocam medidas de peso em bronze e ferro ao dobro em, respectivamente, cobre e prata. Se alguém procurar com cuidado, vai encontrar um ou dois dispostos a trocar um crânio selado ou cabeça encolhida por um sólidus inteiro.

     Crânios selados e cabeças encolhidas: Goblinóides acreditam que a alma fica na cabeça e que é possível matar alguém de forma a prender o seu espírito no crânio ou cabeça, se este não for danificado e as fendas forem seladas com cera. Um item desses é valioso tanto pelo simbolismo quanto pelos usos práticos em certas destilados alquímicos medicinais, rituais divinatórios e familiares necromânticos.
      Chifres e tendões apropriados para fabricar arcos compostos são valorizados. Verdade ou não, a crença de que animais poderosos resultam em arcos melhores aumenta e muito o valor da mercadoria, então vale a pena contar sobre a caçada ou combate. Cinco pares de chifres ou vinte tendões medianos equivalem a um arco composto comum. Mas dependendo da qualidade do material e entusiasmo pela história, um goblinóide pode trocar um único chifre ou tendão por entre cinco a dez promes.

     Arcos compostos com sinais de uso. Cada arco desses é um item valioso que corresponde à maior parte da fortuna de um nômade komatai e levou um ano para ser feito. Nessas regiões, armas assim não são vendidas, apenas recuperadas de corpos. Um arco composto qualquer pode ser trocado por outra arma. Se for reconhecível como vindo de uma tribo inimiga, chega a valer de cinco a dez "promes".
     "Promes", "promessas" em komatai, são totens ou símbolos divinos tribais talhados em âmbar e dados a quem beneficia os membros da tribo. Todos que compartilham o respectivo totem ou deus aceitam ajudar quem lhes dá uma destas relíquias. Um único prome rende um dia de hospedagem e comida ou ser presenteado com um item comum. Muitos promes podem valer por uma passagem a bordo de um drakoi ou um bando de guerreiros lhe acompanhando.


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