quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Thorakitai, etnia anã.

      Das petrópoles mais profundas até as imensas fortalezas monolíticas. Das linhas de frente resistentes em combate a celebração no salão comunal. O orgulho e honra são pináculos que exprimem com perfeição o povo thorakitai.


O thorakitai mais conhecido no império do norte é Kosuf Dagda Dedos D'clava, sacerdote de Ourgos, 
Portador dos Socos de Diamante, Defensor do Pináculo, Grão-mestre da Ordos Malica.


História e Folclore

 

     Embora já existissem muito antes, quase todos os registros thorakitai são de depois da queda do império amaranto. A diáspora thorakitai foi realizada em pequenos grupos, a qual uma vez estabelecidos, criaram torres para habitações e proteção. Isto tornou-se um costume. Cada vila é marcada por diversas torres comunais e ocasionalmente unidas a outras construções, incluindo outras torres. As cidadelas thorakitai, formadas durante o período inter-imperial, chamadas atualmente de colinas-mãe, surgiram de cadeias de torres unidas por fortificações extras. Cedo ou tarde, cada clã começaria a expandir sua cidadela colina abaixo, utilizando acres de terra para reforçar as defesas, ampliar a colina, e até mesmo aterrar parte das construções. Muitas destas, são hoje quase indistinguíveis de túneis escavados.

      As lendas anteriores dizem que os thorakitai possuem um ancestral em comum, os Myrmidai, nascidos de formigas reforjadas e treinadas por Ourgos até surgirem os primeiros anões. Estes então usaram as lascas remanescentes do processo para forjar as primeiras ferramentas de sua raça, e assim, provaram a Ourgos que ele havia criado sua maior obra de arte. A coleção de ferramentas de quitina lhe foi apresentada, a qual usa até hoje, por puro orgulho paternal, como um mestre feliz por seu aprendiz... uma raça de aprendizes do deus do trabalho.

     A formiga ainda é um animal simbólico para os thorakitai: ambos constroem túneis subterrâneos elaborados; carregam grandes pesos em marchas obstinadas; são resilientes, comunitários e valentes, sendo capazes de trabalhar incansavelmente e cooperativamente na escuridão temida pelos demais povos. Colinas thorakitai já foram comparadas a entradas de formigueiros, inclusive, no fato de que ambas se elevam acima do solo para prevenir que os túneis sejam alagados pela chuva, no cuidado quanto à escolha da localização, materiais e ventilação. A poesia thorakitai é famosa por comparar um anão de armadura e picareta, com uma formiga de mandíbula forte.

Os Tradicionais Anões

 

     Fisicamente, os anões thorakitai exemplificam a imagem mais popular da raça: homens e mulheres de físico enrijecido e forte, de baixa estatura -- mas ainda de tamanho Médio -- e com uma mentalidade que tende a manutenção dos bons costumes e tradicionalismo cultural.

     Outros pontos clássicos da raça é o seu amor pelas bebidas fortes, principalmente a cerveja que costumeiramente produzem, e a importância que o núcleo familiar e os ancestrais tem em sua cultura. Por manter elos fortes com o clã, os anões -- todos eles, mesmo Shardokan -- tendem a ser aliados muito leais. Quando são devotos a uma causa, não comumente são os primeiros a se lançar a frente de um combate, quando necessário. Temor e covardia é algo que praticamente não existe no vocabulário da raça.

     Mesmo que os Thorakitai se mostrem como os clássicos anões de fantasia, Ghara é um mundo diferente e essa diferença também reflete em um povo tradicional como este. O maior exemplo desta discreta distinção talvez seja o seu passado: thorakitais não possuem um ódio ancestral frente a
goblinóides e outros povos. Qualquer um pode vir a se tornar um bom companheiro de aventuras se demonstrar o seu valor. Ainda assim, os thorakitai tratam outras pessoas com a devida cautela até que realmente se mostrem quase ou tão austeros quanto eles e dignos de serem chamados de "companheiros" ou "amigos". Um Thorakitai geralmente é o último em um grupo a aprender a confiar em um estranho.

     Thorakitai são artesãos notórios em muitos campos além das armas e armaduras: sapateiros, alfaiates, toneleiros, encanadores, fazedores de brinquedos; todos os objetos comuns que, assim como armas, são vitais para uma civilização. A propensão à luta é uma consequência do quanto valorizam os resultados de seu trabalho duro. Isso também explica o desgosto por orcs: animais que só conseguem destruir e comem os produtos de ferro que alguém, muitas vezes um anão, demorou horas ou dias para criar. Isso faz com que a raça como um todo se identifique mais com Ourgos do que outros deuses.

Os Clãs e os Juramentos

 

     Clãs thorakitai são agrupados em torno de juramentos comuns, não a relações familiares. Quanto mais juramentos um indivíduo realiza e mantém, mais ele ascende dentro do clã. Intermediários entre clãs devem prestar um mínimo de juramentos mútuos. O juramento básico é defender o clã e a respectiva "colina-mãe", local onde a comunidade formada por aquele clã se situa. Daí, surgem inúmeros juramentos relativos a questões específicas de administração, batalha, aprendizado em guildas etc. Muitos até mesmo incluem elementos antagônicos para evitar que um thorakitai possa acumular muitas atribuições, direitos e deveres, assim portanto centralizando todo o poder em si. Em tempos de problemas, existem juramentos temporários em que se presta lealdade a um tirano, que servirá como comandante supremo do clã até o fim da crise.

     Todos concordam que há poder no juramento de um thorakitai, mas os anões vão além, clamando que a durabilidade de artefatos do clã é devido a juramentos de seus fundadores. Que lâminas seriam afiadas e escudos ficariam intactos enquanto o clã mantivesse suas juras comunais.

Locais de Importância:

  •  Colina-Mãe Korakas - As colinas-mãe são muito mais raras fora da zona do Império do Norte. Uma delas, ao menos, é bastante conhecida por sua atuação dentro do território da república Kavaja. Lar do infame clã Korakas, a colina conta com três torres hexagonais esculpidas perfeitamente em rocha e que podem ser retraídos através do solo graças a um complexo sistema de correntes e roldanas de pedra criada pelos anões no subterrâneo. Liderados pela matriarca Rugana Korakas, estes thorakitai atuam como escravocratas, capturando selvagens da região e revendendo-os como mercadorias dentro dos territórios do Império do Norte. Apesar da desconfiança, a falta de provas impede que ações mais enérgicas sejam tomadas para combater o clã. Representantes do próprio Império do Norte negam qualquer ligação com estes anões, contudo.
  • Maciço de Orgothorax - um planalto de terra pedregosa onde residem as petrópoles dos clãs thorakitai. Mesmo que a etnia esteja espalhada pelo império e além, esta é a sua terra natal, onde os líderes dos clãs residem, negociam, brigam e recebem os juramentos que definem a sociedade thorakitai. A agricultura é difícil mas os tesouros minerais são incontáveis; ao contrário de outras raças, anões glorificam a mineração a ponto de excluir escravos, usando-os em fazendas. Quando matriarcas e patriarcas precisam discutir assuntos importantes para muitos clãs, se reúnem em Tyrintha: a maior e mais cosmopolita das petrópoles, um centro de comércio e mineração, e a capital do primeiro ducado semi-subterrâneo. A mentalidade defensiva thorakitai é estabelecida literalmente em pedra, cada família compartilhando uma torre, cada quarto um andar; aldeias parecem sentinelas dominando os pontos altos nos arredores; cidades são apinhadas com torres, a "muralha" sendo simplesmente uma interligação das torres externas; estes mesmos povoados parecem pequenos até alguém visitá-los e ver como o mercado, salão comunal e outras áreas importantes ficam sob a terra. Dos sempre úteis chumbo e ferro à prata e ametista que tantos buscam, Orgothorax é a maior concentração de minas do império do norte.
  • Petrópole de Tyrintha - a capital do recém-formado ducado Tyr. Esta fica no tepui Rochedo da Corcunda Quebrada, assim chamado por ser uma colina monolítica de calcário cujo topo foi fendido pela ação da água fluindo da cordilheira montanha acima. O duque é Isthmas Ferroso de Tyrintha, Elo Forte da Corrente. O epíteto é por ter transformado a sua cidade no entreposto de praticamente toda a cordilheira, realizando juramentos com múltiplos clãs anãos que raças menos longevas, pacientes e barbudas jamais conseguiriam. E esta foi a parte fácil. Administrar laços de lealdade a mais de quarenta clãs diariamente exibe retórica, política e muitos cabelos brancos. Dezenas de câmaras acomodam tornos mecânicos, martelos, moinhos, furadeiras e diversas outras ferramentas. Martelos e bigornas comuns na superfície chegam a ser incomuns aqui, tamanha a infraestrutura e capacidade do maquinário. Muitas madeiras e metais entram para virarem pregos, canhões, talheres, elmos, cimento e muitos outros artesanatos. Tyrintha é a fonte de quase toda a pólvora produzida no império do norte. Isto a torna tão valiosa para o império que em 1400 PI ela se tornou a capital de um tipo de ducado nunca antes visto. O senado aceitou que as substanciais áreas subterrâneas contassem para o território minimo que um ducado deve ter.
  • Reino-Petrópole de Akrosan - as montanhas Akros são uma região gélida na borda oeste da grande cordilheira Hamask-Barbagia. A cidade de Akrosan domina um pequeno território entre as fronteiras de Kavaja e o império do norte. Esta petrópole foi fundada em uma cratera na encosta de uma montanha de pico afiado, enriquecendo com o adamante minerado do meteoro que criou a fenda. Dezenas de clãs thorakitai convivem aqui sob a regência da rainha-matriarca Meredith II. A cidade lembra uma escada titânica na forma com que terraços foram talhados da rocha, adornados por cataratas e torres comunais em forma de estátuas.

Traços dos Thorakitai

     Os thorakitai podem ser representados com os mesmos traços de um típico Anão das Colinas (consulte o Livro do Jogador).

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